O acesso aos dados dos experimentos no LHC (Grande Colisor de Hádrons) do CERN (Centro Europeu para Pesquisas Nucleares), possibilitou a observação das raras partículas méson B por pesquisadores da Universidade de Siracusa.
© CERN (simulação de colisão de partículas no LHCb)
Acredita-se que esta partícula, criada quando prótons se chocam entre si próximos à velocidade da luz, estava presente imediatamente depois do Big Bang. Os pesquisadores, liderados pelo físico Sheldon Stone, esperam encontrar a resposta para a questão sobre a relação da matéria e da antimatéria logo após o Big Bang e para o fato de encontrarmos hoje mais matéria no Universo. A matéria e a antimatéria existiam na mesma proporção logo após o evento que deu origem ao Universo.
A matéria é composta de átomos formados por cargas positivas chamadas prótons, cargas negativas chamadas elétrons e os nêutrons. Os prótons e os nêutrons, por sua vez, são constituídos por partículas menores conhecidas como quarks. Já a antimatéria é composta por antiprótons, pósitrons, antinêutrons e por consequência por antiquarks. Acredita-se que ambos deveriam ser regidos pelas leis da Física igualmente, mas não é isto que ocorre e os cientistas buscam a razão para isto.
A partículas méson B fazem parte de um subgrupo raro dos mésons compostos tanto por quark quanto antiquark. Estas partículas violam a chamada simetria CP (C de carga e P de paridade).
Como esta partícula era comum após o Big Bang e hoje é encontrado apenas em condições experimentais em aceleradores de partículas, como o LHC, e não na natureza, os cientistas acreditam que o seu papel na superação da matéria sobre a antimatéria no Universo tenha sido decisivo.
Fonte: Physics Letters B
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