terça-feira, 27 de abril de 2010

Refletor na Lua testa a teoria de Einstein

Físicos da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, encontraram um refletor de luz soviético, o Lunokhod 1, na superfície da Lua que pousou em 17 de novembro de 1970 e estava desaparecido desde 14 de setembro de 1971. Segundo o jornal Simmetry, do Laboratório do Acelerador Nacional de Partículas, na Universidade de Stanford, o objeto poderá ajudar a testar a lei geral da relatividade, de Albert Einstein.
 lua refletor laser
© NASA (refletor à laser na Lua durante missão da Apollo)
Segundo a revista, o objeto simplesmente reflete qualquer luz de volta para sua fonte, não importando de que direção tenha vindo. Outros refletores podem ser encontrados na Lua, três deles foram deixados pelas missões Apollo (11, 14 e 15) da Nasa, e outros dois russos (Lunokhod 1 e Lunokhod 2). O refletor Lunokhod 2 não funciona bem o suficiente quando iluminado pela luz do Sol, porém o Lunokhod 1 refletem o sinal com mais eficiência. Os cientistas costumam mandar pulsos de laser para esses refletores, sabendo que eles serão refletidos de volta. Os físicos podem, assim, medir a distância até o refletor com grande precisão milimétrica.
São necessários três refletores para descobrir a orientação da Lua. Um quarto acrescenta informações sobre a distorção causada pela gravidade da Lua, e um quinto aumenta a informação. Os cientistas afirmam que, pela sua posição, o Lunokhod 1 é fundamental para entender o núcleo líquido da Lua e para determinar a posição exata do seu centro e assim mapear a órbita. Os cientistas esperam utilizar esses dados para testar o que diz a teoria de Einstein sobre a órbita.
O professor Tom Murphy, da Universidade da Califórnia, afirma que a equipe ocasionalmente se deparou com o refletor desaparecido nos últimos dois anos. Contudo, no mês passado através de uma câmera de alta-resolução da Nasa encontrou o local exato do Lunokhod 1. Em 22 de abril, os cientistas enviaram um pulso de laser para o local do telescópio Apache, no Novo México, e conseguiram determinar a distância do telescópio até o refletor com precisão de 1 cm.
Fonte: Simmetry (Universidade de Stanford)

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