segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Novo processo para fusão nuclear em plasma

Um experimento que reproduziu em laboratório as características dos campos magnéticos da Terra e de outros planetas pode abrir caminho para o desenvolvimento de novos processos de fusão nuclear, segundo um estudo publicado pela revista "Nature Physics".
Os pesquisadores do Instituto Tecnológico de Massachussets (MIT) e da Universidade de Columbia, em Nova York, utilizaram um ímã de meia tonelada, mantido em "levitação" por meio de outro ímã, para conseguir controlar o plasma (gás ionizado). O plasma, quarto estado da matéria está em toda parte no universo: em estrelas, nos ventos solares, na ionsfera, em raios. É constituído por partículas carregadas eletricamente: íons e elétrons.
levitated dipole experiment
© LDX (Levitated Dipole Experiment) 
No "Levitated Dipole Experiment" ("Experimento Dipolo Levitante"), realizado no MIT, o ímã supercondutor, resfriado a -269°C com hélio líquido, controlou os movimentos de um plasma aquecido, que estava em um compartimento adjacente.
A turbulência gerada produziu uma concentração mais densa de plasma, uma etapa crucial para fazer com que os átomos se fundam ao invés de aumentar sua dispersão, como ocorre normalmente.
Observado durante a interação de plasmas com os campos magnéticos da Terra ou de Júpiter, este tipo de concentração sob efeito de um campo magnético "jamais havia sido recriado em laboratório", afirmou o MIT.
Este enfoque "pode dar origem a uma via alternativa para a fusão nuclear", destacou Jay Kesner, do MIT, um dos coordenadores do projeto LDX junto com Michael Mauel, da Universidade de Columbia.
Fonte de resíduos radioativos, a fissão nuclear nas centrais utilizadas atualmente consiste em partir os núcleos dos átomos. Por outro lado, se passarem por um processo de fusão, é possível conseguir uma fonte de energia limpa.
Fonte: Nature Physics

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