sexta-feira, 16 de abril de 2010

Novo elemento químico na tabela periódica

Investigadores russos e norte-americanos desenvolveram um novo elemento químico, o 117 (Ununséptio), que permitirá uma série de novas descobertas. A representação da novidade no quadro de Mendeleïev (tabela periódica) vem ocupar o espaço em branco na sétima fila, junto dos elementos ‘pesados’, aqueles com massa atômica elevada. Após as recentes descobertas dos 113, 114, 115, 116 e 118, o 117 permanecia ausente.
Tabela Periódica
© Revista Física (tabela periódica)
A equipe do Instituto de Investigação Nuclear (JINR), de Dubna, na Rússia; e nos EUA, do Laboratório Nacional Lawrence Livermore e do Laboratório Oak Ridge, observou o elemento ao longo de uma experiência através de um acelerador de partículas do Dubna, onde outros também foram descobertos.
Para o 92, o urânio, cujo estado natural tem 92 prótons, os físicos tiveram de fabricar novos elementos pesados através de colisões provocadas. O 117 (que não existe na natureza) foi o último a preencher a lista devido ao fato de a preparação da experiência apresentar certas dificuldades. Foi encontrado ao manipular átomos de cálcio e berquélio.
Para além de preencher a lacuna na tabela de elementos químicos de Mendeleïev, abre novos horizontes aos investigadores da área, como por exemplo, a teoria da ilha de estabilidade, uma região onde elementos pesados (ainda desconhecidos) teriam uma grande estabilidade e os “elementos pesados fabricados” se desintegrariam em menos de um milissegundo.
Muitos cientistas acreditam que elementos ainda mais pesados possam ocupar uma "ilha de estabilidade", na qual átomos superpesados poderiam se manter íntegros por longos períodos. Esta ideia de estabilidade deve-se a um determinado número de neutrons e prótons presentes nestes átomos, e descobrir tais elementos poderia abrir a porta a novas descobertas. A descoberta do 117 é mais um passo a caminho dessa "ilha".
Resta saber também o que existe depois da ilha de estabilidade. Até onde a natureza vai permitir que o homem construa átomos cada vez mais complexos é uma das principais questões da ciência.
Fonte: Science

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